To explodindo meus anseios individuais, to deletando as memórias boas e poucas, to esquecendo a intensidade, to perdendo a vaidade, to me fazendo de pouca memória. Orgulho tá se indo embora e não quero nem que volte, vou ficar sendo coletivo e dividindo a alegria coletiva, não tá sobrando muita para mim, mas é pro bem do coletivo. To ouvindo pouco e respirando mais, to falando menos e viajando mais. To sendo prestativo e bondoso, coletivamente, um bom moço.
Explodiu o coletivo. Começou o fogo no início do coletivo. Desatou a soprar vento quando no meio o caminho meio torto fez-se certo. Acertou só para queimar. Queimou o pouco orgulho e a memória do coletivo, acendeu o fogo individual. Queima agora o individual, ventania assopra a brasa, que viva, vermelha e quente destrói a pouca emoção do indivíduo. Cai as cinzas do indivíduo. Como pó, que em coletivo sempre foi, é soprado para mais perto, mas é espalhado e pouco intenso. Sem a sua intensidade, foi-se embora a sua vontade... mas ainda se tem o coletivo, e dele sobrou a borracha queimada. Não é o ideal mas é só pro indivíduo, e o indivíduo é menos que o coletivo.
T.D.O.Marques
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