quinta-feira, dezembro 20

São ridículas

Já se passaram 31 meses desde aquela noite clara de verão. Você sentada a beira de uma varanda com um copo vazio na mão e a cabeça cheia de pensamentos que voavam.
Estava triste, precisando de alguém para conversar, então vi você, não como uma porta aberta convidando para entrar, mas como uma rocha intransponível que eu teria ao menos que tentar.
Sentei 3 corpos de distânciade você e cantarolava o refrão de uma música que só ele me bastava "... não diga que a canção está perdida...", você olhou de lado, sorriu levemente e abaixou a cabeça. Tímido que sou, queria saber seu nome mas algo me prendia, você sabia o que eu queria e adiantou-se. Conversamos a noite toda e um pouquinho mais, sorria sincera, mas com um ar de distância, não sabia adentrar as profundezas desse pensamento, mas também nem precisava, seus olhos me diziam cada palavra do que sentia.
Os seus cabelos negros, brilhavam à luz da lua, a sua pele reluzia como ouro. Você se aproximou de mim e levemente repousou a cabeça no meu colo, não entendi mas estava admirado demais para questionar qualquer ação. Passeava a minha mão esquerda sobre o seu cabelo, como se estivesse rabiscando poemas em um papel, o coração já não estava mais apertado, a rocha se partira, os ventos sopraram e dali em diante o rumo mudou.
Você se sentou, me olhou fixamente e levantou-se. Foi embora sem pensar, sumiu na noite clara, pensava em nunca mais te enconrtrar. Mas estava errado, agora você está em qualquer lugar.

T.D.O.Marques

sábado, dezembro 1

"Cai nessa ciranda..."


Foi a lua que sorriu pra mim
Foi o sol que iluminou minha varanda
Cai nessa ciranda
E não posso mais parar

A lua clara sorriu pra mim
O sol escureceu e acalmou-se
O arco-íris inverteu-se
E a Terra parou

A rodada rodou
A ciranda se acabou
E a Terra seguiu sozinha
Sozinha a rodar.

T.D.O.Marques