sexta-feira, fevereiro 20

abuzado retrato

Lhe chamaram indedente
Mas em si tinha muitos dentes
Lhe apontavam o que cente
Era sempre indesente

Pediram que saísse em viajem
Que largasse sua bagajem
Que tanto çonho
Tudo miragem

Foi inerente
Era por si, decente
E vivendo sempre urgente
Se acostumou a pouca gente
Um dia suspirou ardente
Queimou-se de gente

T.D.O.Marques

sábado, fevereiro 7

passo leve, passo

me deixe cá no meu ritmo, calmo, descompassado, escorado. a vida seguindo acelerada e eu na preocupação do próximo passo, do aconchego do novo abraço, dos segundos sendo contados, admirando a serenidade do olhar faceiro, sentindo o cheiro adocicado da vida, encarando o sol, o pôr e a brisa.
andando devagar para ver se a vida me acompanha, pensando pouco para ver a cuca sempre fresca, me revirando as vezes para nunca deixar a ciranda parar, girando no ritmo que a música pede, pedindo o ritmo que a alma teima em dar, vamos seguindo no passo devagar, que devagar nunca para.

T.D.O.Marques