Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Em tempos de ditadura quem fizesse alguma manifestação contra o governo, era duramente reprimido, o que aconteceu com Geraldo Vandré, após cantar essa música em um festival de múscia em 1968, o III Festival Internacional da Canção, em que injustamente ganharam Chico Buarque e Tom Jobim, com todo respeito a música deles, mas isso foi uma marmelada, quem julgou não foi o júri, e sim os militares, que percebendo a crítica a Ditadura, manipulou o resultado, comprovando com posteriormente o exílio de Geraldo...
Em tempos de guerra, guerreiros temos muitos, bravos temos um monte, Heróis temos poucos, e esse foi mais um que lutou para a conquista da nossa liberdade...
"Liberdade sempre, guerra jamais"
"Posso até morrer, matar jamais".
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