segunda-feira, agosto 13

"... e o existir é o que eu mais quero."

Eu me fiz presente em existência e pensei que minha existência de nada valia, vi você um dia parada, olhei para ti e fiquei magnificado, seu olho veio de encontro ao meu e fiquei simplismente abobalhado, um sorriso, um olhar baixo, um desvio de olhar, me era suficiente para pensar que ali existia uma existência maior do que havia.
Não era abstrato, não era concreto era o simples ser, de existir por existir, de ser por ser. Pensava que estava vendo muito, onde o nem um pouco existia, e estava vendo mesmo.
A visão me tirou o olfato, que me tirou o tato, que me tirou a fala e me tirou a imaginação, ai eu voltei a ficar abobalhado, mas a visão, oh... a visão ainda me é bela, e de mim ninguém tirava.
Formações de uma sinuosa harmonia, sem nexo, sem começo nem fim...
Só que o medo paralisa e traz a tona o sentimento de inexistência, pois meu único medo é o existir, e o existir é o que eu mais quero.



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