segunda-feira, novembro 4

Não ler

Naquele boteco de esquina
Perdeu-se no copo vazio
Perdeu o furor que antes tinha
Amanhecia no horizonte frio
Mas no boteco ainda era o começo
O começo da noite
O começo da alegria
Fazia de sua noite uma toda vida
E que vida
Alegria constante, sorriso estampado
Estação florido, lilás reluzente
Era ilusão, oh boêmio mal-amado
Escorria por entre seus dedos a jovialidade
Lhe escorria a alma, antes quente
Agora só gélida, fria
Seu corpo era uma estação aberta
Perdera seu brilho em cada esquina
Em cada via, não via
E por não ver o que a tempos não via
Viu seu sucesso na ponte, onde a via
E então a via, foi a sua única via.

T.D.O.Marques

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