A solidão dos dias toma ar de esperança, se traduz pelo
passo leve a calma de uma alma em desatino breve. Seus momentos de reflexão
trazem mais do que bons fluidos e cuca fresca. A dignidade que retomou, em seu
antro de perdição vazia, é a solução para a corrida diária do ser não mais incólume.
Seu soluço é mais do que um susto.
Seu pesar é a alegria da constância, o amor da juventude, o
fervor das paixonites. Seu festejar é a inconstância do sem fundo, sem rumo,
sem beira e de perder as estribeiras. Sua luta pela vida é escorrer e transparecer,
em cada casa que vê ao passar na avenida, cada ser encostado na sua luta
incomum com a mente, que mente, atordoa, que te perdoa sem crime, que te julga
sem culpa ou inocência.
Ela é a barreira comum à vida, separa o ser do humano, o
existir do sentir. Sente o seu sentindo esvair, mas não se esvai pelo existir.
T.D.O.Marques
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