domingo, julho 29

...impuro.

Um vinho a tira colo, uma noite clara e uma música simples e calma a tocar, coração bate devagar, já não sei se sou o vento se sou o silêncio, sou parte do ambiente, já não faço mais parte de mim, meu corpo não me pertence. A música toca e meu corpo se mexe sem perceber, uma bela sinfonia, uma composição corporal. Danço essa valsa do tempo, esse fazer do tempo e dos elementos. Sou simples existência de ser em abstrato pensamento impuro.
Faço do complexo a minha simplicidade de ser, existo sem a totalidade elementária que compõe o nosso ser, faço o existir um simples gesto de permanecer em constante abstração impura.

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