segunda-feira, outubro 28

Carta de por fazer.

Estou te mandando esta carta.

Esta que é a primeira e parece ser a última, essa que não deveria ser a primeira e muito menos a última. Mas com esses passos acelerados e meio tortos que dão a vida, ela vai ser a última.
Lembro que olhava para aquele seu rosto lindo, sorriso empolgante e necessitava conhecer um pouco o que aquele sorriso trazia de tão atraente, tão singelo e brilhante.
Procurei te encontrar, e te encontrava em cada esquina, cada esquina trazia seu rosto, cada parede seu perfil. Parava para olhar pro céu e você estava lá. Não foi amor a primeira vista, mas a primeira vista já era, amor. 
Nem a chama representava o vívido ardor alegre que crescia subitamente dentro de nós, cada palavra dita era uma admiração maior, reconhecia pelo sorriso leve que sempre brotava de sua boca a cada boa coisa que acontecia, boca que para ser beijada era um ballet, uma ciranda perfeita que sem melodia alguma nos envolvia numa dança perfeita.
Você fez com que o simples se tornasse especial, e o especial não era ou precisava ser muita coisa, só precisava ter você, e em cada momento assim tínhamos a certeza que mesmo longe de tudo, estávamos mais perto de sermos melhor.
Já não vou poder mais acariciar seu rosto, ou beijar a sua boca, mas vou poder ainda lembrar que distante ou longe, lembranças não são simplesmente lembranças e as de bons momentos com o tempo ou não, não se apagam.


T.D.O.Marques


2 comentários:

Hanah Marielly disse...

Lindo de verdade. Sempre leio o que você escreve, e seu poemas estão cada vez mais bonitos, parabéns.
Beijos.

Thomaz disse...

Obrigado Haninha :D
É uma honra ter você lendo meus textos.