segunda-feira, janeiro 13

Amor errante

E na porta do errado, escolhi a dignidade. Escolhi sair pela tangente, amando esse tantinho de gente, sendo o que eu sou e nada mais. Nada menos, pois sou sempre intenso. Não quero fugir do que me é dado, mas posso escolher não machucar o que é errado. O errado nem sempre é a má escolha, é só uma escolha. E por escolhas definimos o que somos e porque o somos. Defino em pouco tempo que escolher o certo pelos errados é o mais certo a fazer. O certo nunca está errado, mas o errado quase sempre está certo, quase sempre sabe qual a sua certeza e por isso insiste em sua verdade. Não julguemos a sua verdade, pois as verdades são as únicas que o sustentam.
Levarei a ti o amor, que sempre tive e nutri, mas não te abraçarei com o vigor e intensidade que faz gerar o suor frio, o calafrio, a sensação de gozo. Levarei a ti o amor, que carrego como um diamante sem polir, em toda sua brutalidade e fino valor. Deixarei contigo um pouquinho de mim como forma de aroma, é somente isso que posso oferecer. Posso oferecer ainda um pouco de vinho e um pouco de carinho, e sorrir para ti com o tom da despedida, pois de todo o amor você foi o com maior frescor de juventude, foi amor em maior amplitude.
E como um sono leve, me despido de ti de olhos abertos, não derramo uma só lágrima, derramo apenas sobre ti o carinho que você tanto quer e tanto mereceu.

T.D.O.Marques

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