quinta-feira, dezembro 18

Pela pena do ficar

A tua boca petisca mordisca o meu pecado
A tua alma sussurra pelo cuidado
No alvorecer, saudade
Em seu entardecer, libertinagem
Vagava inseto mínimo
Rasgava mamífero truculento
Em seu jornal só notícia antiga
Em sua vida tudo esquina
Pelo becos podridão lenta
Pelas avenidas borrão de vida
Saiu multidão, virou deserto
Chorou solidão, viveu eterno
Encontrou solução em oásis
E como criança que tudo
Por tudo em quase tudo
Nessa vida toda se desarrumasse
Lembrou que já não viveu
Não penou se por ali não ficasse


T.D.O.Marques

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