cedeu para a vida a melancolia que aflora de seu peito sempre aberto, mudou como o camaleão que para permanecer se altera, toma forma e não se exagera. Transbordou-se e bordou na pele a gigante rotina que te movia, o ser que descia e quase nunca subia, subia rompante, caiu dilacerante. O raio vingava seu dia, estrondava na pele, estremecia e seguia, não havia em si remorso, havia ali a calma de uma alma que seguida pela frieza era chama qual posta, não se acendia, apenas queimava.
O sal lhe rasgava a pele, salgava a alma, dava gosto ao ser e escancarava o sangrar da derme e o escorrer do seu padecer. Se pintou de maresia e saiu sempre leve, como um torpe brisa.
T.D.O.Marques
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